Iberê Camargo
Saiu na ZH:
Paisagem concreta
As linhas sinuosas que formam o Museu Iberê Camargo já podem ser reconhecidas por quem passa em frente à construção, na Avenida Padre Cacique, na Capital. Com cinco andares e 8,6 mil metros quadrados, a estrutura do prédio, erguido em aço galvanizado e concreto branco, está pronta.
Hoje, às 11h, será realizada a cerimônia de conclusão da segunda etapa da obra, para convidados. A terceira e última fase, que compreende os acabamentos e a decoração, deve estar pronta no segundo semestre de 2006.
Concebido pelo português Álvaro Siza, tido como um dos cinco mais importantes arquitetos do mundo, o projeto tem nas rampas externas da fachada sua maior marca. Siza está em Porto Alegre para conferir o andamento da obra e aprovar detalhes do acabamento. Definido pelo autor como uma "quase escultura", o desenho do prédio impressiona. Quatro clarabóias e aberturas no teto das rampas são complementadas por recortes que deixam ver a paisagem do Guaíba enquadrada em pequenas janelas, que servem à iluminação natural dos espaços e enchem os olhos dos observadores mais atentos.
Erguido em uma estreita faixa de terreno entre uma antiga pedreira, de um lado, e a Avenida Padre Cacique e o Guaíba, do outro, o museu irá abrigar o acervo de mais de 4 mil itens deixado pelo pintor gaúcho Iberê Camargo (1914 - 1994), maior nome da pintura expressionista do Brasil, além de promover cursos, seminários, pesquisas e mostras de outros artistas. Serão nove salas de exposição, auditório, ateliê de gravuras, cafeteria, chapelaria e loja.
Orçada em R$ 30 milhões, a construção teve início em julho de 2003, quando foram feitas as escavações no terreno. Para erguer a estrutura, foram 10 meses de trabalho. Agora, parte-se para instalações hidráulicas e elétricas, climatização e controle de umidade, forros e paredes em gesso acartonado, piso em madeira marfim e mármore (conforme o espaço) e mobiliário.
Fernando Luís Schüler, diretor executivo da Fundação Iberê Camargo, conta que as negociações para a realização das primeiras mostras internacionais no Museu Iberê, com instituições européias e americanas, já estão avançadas. O museu receberá mostras de arte moderna e contemporânea. Para a abertura, planeja-se uma retrospectiva do trabalho de Iberê.
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Só para constar, achei muito afú o projeto do português, mas vou ter que fazer uma perguntinha (das mais tôscas):
-Faltou dinheiro para botar mais janela?
via: Zero Hora
2 Comments:
Acho que a falta de janelas é porque a obras não podem pegar muita luz. principalmente luz solar.
Socorrrrroooooooo, Giuliano!
o museu está de frente para o lado oeste, o pior sol pra esse tipo de projeto. Ainda mais aqui no sul!
A maioria dos museus decentes que se encontra tem poucas aberturas, exatamente pelo motivo que o Sid falou. O que se faz é colocar iluminação natural indireta, como é o caso nessa obra, clarabóias!!!
Ok?
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