A importância dos materiais

Eu estou lendo um dos livros mais nerds de todos os tempos.

É o As maiores invenções dos últimos 2000 anos de John Brockman.

E apesar da vocação cientificíssima do livro, acabei de ler um insight bem interessante sobre a escolha de materias (num ponto de vista de designer...) e a sua relação disponibilidade-benefício:

Quando vejo uma invenção, vejo imediatamente o seu oposto - ou pior, sua tangente. O plástico é um bom exemplo. Fazer uma coisa que dure para sempre. Idéia legal. Vou nessa. Mas a fazemos de uma coisa tão superexplorada (petróleo), e portanto abundante, que o preço cai para níveis insignificantes, perturbados apenas por momentos políticos tarnsitórios. E aí usamos para os fins mais triviais imagináveis. O uso de recurso não-renovável em "produtos descartáveis" é uma coisa que acho sobretudo irritante. O equivalente a milhões de anos de algas deixado para mofar em um aterro sanitário em Nova Jersey como invólucro de sanduíche ou embalagem de desodorante. Brilhante!

Outro exemplo: o alumínio. Houve uma época em que esse metal valia mais que ouro ou platina. Por quê? Porque era difícil de fabricar. Mas hoje a gante vai a um vendedor de cachorro quente que embrulha uma gordura animal instantânea numa folha de alumínio. E a gente come o cachorro quente e joga a folha no lixo, e também ela acaba num aterro sanitário. Logo, após a Era do Ferro é uma idéia tão sensacional assim?

Henry Warwick

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A opinião do autor é um tanto pessimista e fatalista, mas também mostra a verdade sobre a falta de consciência na melhor escolha de materiais na vida cotidiana.

Pelo menos é o que eu acho.